IIoT e automação: um caminho de possibilidades infinitas
Pesquisa sobre adoção da Internet Industrial no Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) no ano passado, indicou que das 84 empresas entrevistadas, apenas 29% conheciam a IIoT (Internet Industrial das Coisas). Mostrou ainda que 65% não tinha projeto algum implementado ou em andamento no que se referia às tecnologias que envolvem a digitalização da indústria. São dados espantosos! Contudo não se pode negar que a IIoT veio para revolucionar a forma de comunicação entre os equipamentos do chão de fábrica – e a sua integração com as camadas de gestão –, por meio de novas funcionalidades e, melhor, possibilidades.
A ABB se posicionou como um importante player da Indústria 4.0 por meio da sua plataforma ABB Ability™, que reúne 210 soluções e serviços digitais para indústrias e concessionárias. “Mais da metade das vendas da companhia são de softwares e dispositivos conectados. O nosso portfólio de soluções digitais é capaz de conectar os clientes ao poder da Internet das Coisas e, por meio de nossos serviços e experiência na indústria, transforma insights de dados em ações diretas, que “fecham o ciclo” e geram valor ao cliente no mundo físico”, explica Raphael Haddad, gerente de produto da divisão Industrial Automation da empresa. Ele acrescenta que, com o ABB Ability™, é possível fornecer conectividade, protocolos de comunicação, análise de dados, gerenciamento de informações, serviços de segurança, padrões de interface do usuário e outros serviços relacionados à infraestrutura, necessários para desenvolver e fornecer soluções ao mercado.
A experiência da empresa revela que os setores mais avançados em digitalização, ou na aplicação da Internet Industrial das Coisas (IIoT), são o automotivo, de óleo e gás e o de alimentos e bebidas. “Os clientes estão acompanhando a Transformação Digital e buscando constantemente inovações e tecnologias disruptivas para manter competitividade nesse novo cenário. A companhia está preparada para apoiar as indústrias, concessionárias e clientes de diversos setores nessa jornada”, anuncia Haddad.
Da mesma forma, a Mitsubishi Electric tem realizado grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias e suas aplicações, incluindo os campos de IIoT, Big Data, Machine Learning e Inteligência Artificial. No último ano fiscal (2017), a empresa investiu cerca de dois bilhões de dólares em P&D, registrando 4.484 patentes no Japão, sendo responsável pelo maior número de patentes registradas naquele país. “O investimento nesse novo campo do conhecimento, resultou no Maisart (Mitsubishi Electric's AI creates the State-of-the- ART in Technology), um conjunto de modelos proprietários de algoritmos de Inteligência Artificial com aplicações em Automação Industrial para análise de dados de máquinas para manutenção preditiva ou em robótica para montagem de peças”, conta Hélio Sugimura, Gerente de Marketing da companhia.
O executivo valida a informação de que o setor de manufatura é onde a maioria dos projetos de IIoT são realizados. “No exterior a Mitsubishi Electric tem aplicado essa tecnologia no mercado de fabricação de semicondutores, por exemplo”, comenta.
Neste mesmo horizonte, a Rockwell Automation vem ano após ano evoluindo suas tecnologias e investindo na criação de um novo modelo de produção inteligente e operações industriais. “Essa nova orientação é extremamente conectada para que os dispositivos inteligentes desenvolvidos nos conceitos do IIOT e processos possam ser continuamente monitorados e otimizados. Operações inteligentes exigem novas tecnologias, desde análise e dispositivos móveis até máquinas colaborativas. Essas tecnologias se comunicam e se adaptam às condições internas e externas. As operações inteligentes também precisam de novas estratégias para tirar o máximo proveito dessas tecnologias e criar operações flexíveis, eficientes, reativas e seguras”, ensina o Líder de Desenvolvimento de Negócios de Connected Services, Felipe Coelho Ribeiro. “Na visão da Rockwell Automation, que chamamos de “The Connected Enterprise” ou “A Empresa Conectada”, é essencial uma evolução de nossas ofertas e alianças para que nossos clientes consigam transformar suas operações físicas atuais com tecnologia digital, mantendo sempre os objetivos de evoluir a Inteligência Operacional, aumento contínuo da Produtividade e Segurança e Gestão de Riscos”, diz.
Ribeiro confirma que, na manufatura, dada às características mais dinâmicas de transformação exigidas pelo mercado, a velocidade da adoção de novas tecnologias é sim um pouco mais acelerada do que em algumas indústrias de base e processo, porém a evolução é benéfica para qualquer tipo de indústria. “Na manufatura buscam-se cada vez mais flexibilidade e adaptabilidade produtiva para que as demandas de mercado atuais não impactem na produtividade nem no market share de seus produtos”, completa o Líder de Desenvolvimento de Negócios de Connected Services da Rockwell Automation.
Cristiano dos Anjos, Vice-Presidente de Indústria da Schneider Electric, avalia o foco de IIoT em sua companhia de maneira diferenciada. “Podemos dividir em dois segmentos: interno – no qual aplicamos essas tecnologias em nossas fábricas, processos, Supply Chain, etc.; e externo – em que fornecemos nossa plataforma para IIoT, EcoStruxure, que tem ajudado nossos clientes a conectarem fábricas, centros de distribuição e, em vários casos, seus negócios inteiros. Com EcoStruxure nós conectamos, controlamos e otimizamos todos os ativos de nossos clientes, elevando a digitalização de seus negócios de uma maneira integral”, resume.
Na sua opinião, a indústria de processo é a que está mais avançada na utilização de tecnologias ligadas à IIoT. “Porém, a indústria de manufatura também vem crescendo em uma velocidade bem grande, principalmente quando os ganhos com a aplicação de tecnologias desse tipo começam a ser comprovados”, admite. “A falta de uma agenda comum tem atrasado, principalmente para grupos menores, a adoção de tecnologias digitais. A utilização de diversos nomes (Industria 4.0, IIoT, Manufatura Avançada, Smart Manufacturing, entre outros) tem sido um fator também de distração e atraso, pois gera uma desconfiança do empresário na hora de fazer investimentos nessa direção”, adverte o executivo da Schneider Electric.
Murilo Morais, responsável pela área de Cloud Application Solutions da Siemens, ressalta que dentro do seu segmento, a companhia dispõe do sistema operacional aberto em nuvem, baseado na Internet das Coisas – o MindSphere -, que permite conectar máquinas e infraestruturas físicas ao mundo digital. “Com essa plataforma, os clientes podem conectar seus ativos para que eles enviem dados para a nuvem, a fim de consumir tais dados com aplicativos da Siemens, de desenvolvedores ou dos próprios clientes. O MindSphere viabiliza a utilização de tecnologias como aprendizado de máquina, Big Data, inteligência artificial, entre outras”, esclarece. Além do MindSphere, os negócios de Automação da Siemens também são um meio principalmente para que ocorra a comunicação machine-to-machine. Dentro dos seus controladores de automação também existe inteligência artificial aplicada. Além da plataforma em cloud e dos hardwares, a empresa, por meio da divisão de TI Industrial da Chemtech, conta com uma célula para desenvolvimento de aplicativos para o MindSphere, customizados de acordo com a necessidade do cliente. E, ainda, a divisão de Digital Grid, cujos equipamentos e software, aplicam essas tecnologias para ativos de Energia.
Morais ratifica que, por ser um mercado que conta com um grande número de máquinas trabalhando, com certeza a indústria de manufatura possui uma extensa parcela dos projetos de IIoT, principalmente as indústrias automotiva e de bebidas (e suas cadeias de fornecedores). “Entretanto, já existe uma forte aplicação de IoT no agrobusiness, com inteligência aplicada principalmente à produtividade no campo. O tipo de aplicação muda um pouco, mas o IoT está presente. Outro setor importante é o de carnes, que vem cada vez mais aplicando o IoT nos seus processos dentro da fábrica e na fazenda”, atesta.
APLICAÇÕES E SEGURANÇA
Um bom exemplo na ABB de projeto no conceito de IIoT acontece na área de mineração. A companhia é uma das principais fornecedoras da maior mina de ferro do Brasil, na qual o conceito de conectividade e Internet das Coisas foi aplicado ao máximo, desde a sua concepção. “O projeto foi desenhado para que 100% dos dados de produção e manutenção fossem disponibilizados e tratados pelos softwares. Esse fornecimento conta ainda com os mais modernos conceitos de ergonomia operacional, aplicando tecnologia de ponta nas salas de controle e interface de operação, para que as pessoas se sintam confortáveis e seguras para operar um sistema tão grande e complexo, de forma simples e intuitiva”, relata o gerente de produto da divisão Industrial Automation.
Haddad acentua que a IIoT é um caminho sem volta. “Com os grandes recursos que a conectividade trouxe, há uma questão sobre a vulnerabilidade dos sistemas e redes. A companhia aposta na demanda cada vez maior de produtos e sistemas de proteção contra ataques cibernéticos, e já oferece softwares e serviços para proteção das empresas. Por exemplo, temos produtos que protegem contra ataques de softwares maliciosos, como o 800xA (proteção extra para verificar todos os softwares que estão tentando acessar dados do sistema). Por parte de serviços, para clientes que tem contrato de Automation Sentinel ativo, oferecemos todos os patches do Windows e antivírus testados pela ABB, oferecendo maior segurança para o cliente. Também temos o Cyber Security Monitoring, que monitora todo o sistema em busca de vulnerabilidades, entre outras soluções”, elenca.
O Gerente de Marketing da Mitsubishi Electric frisa que uma das primeiras aplicações em IIoT foi iniciada em 2014 em conjunto com a Intel. “Foi na fabricação de microprocessadores em uma planta da Intel na Malásia, na qual o uso de CLPs, software dedicados, coleta e análise de dados de produção, resultou em uma economia de 9 milhões de dólares no processo de fabricação”, enfatiza.
Sugimura considera que a norma IEC 62443-4-2:2018, que trata de segurança em componentes para uso em sistemas de automação industrial, tem sido mais demandada na indústria de processos, mas certamente essa é uma tendência para aplicações discretas. “Para atender esses requisitos de segurança de rede, a companhia tem trabalhado com parceiros que fornecem equipamentos de segurança de rede, como a Cisco”, exemplifica. E ele chama a atenção para um aspecto importante: “A Mitsubishi Electric desenvolve uma série de produtos voltados para IIoT, porém um ponto deve estar claro: a aplicação da tecnologia não é o objetivo final, mas sim a ferramenta para chegar em um objetivo claro, mensurável, como reduzir o tempo de downtime, melhorar o OEE da máquina, melhorar os índices de qualidade do produto, entre outros”, avisa.
O Líder de Desenvolvimento de Negócios de Connected Services da Rockwell Automation aponta que as primeiras aplicações práticas são, muitas vezes, nas primeiras transformações digitais para coleta, tratamento e transformação de dados gerados por dispositivos inteligentes em informação para tomada de decisão, ainda no nível industrial. “Tudo começa com uma infraestrutura capaz de integrar essa nova geração de dispositivos inteligentes. Percebemos também que, com o aumento do conhecimento e o fortalecimento de infraestruturas industriais que se tornam integradas ao mundo corporativo, a massa de dados gerada pelos dispositivos inteligentes começa a ganhar mais importância e atingir novos alvos fora do chão de fábrica. Informações de diagnósticos e de produção começam a nutrir sistemas analíticos já proporcionando informações preditivas e prescritivas do processo. Essas informações voltam também ao chão de fábrica, ajudando na otimização dos processos industriais, e esse ciclo contínuo é o objetivo da Produção Inteligente que esperamos nessa transformação digital. Os benefícios diretos que temos percebido são aumentos na produtividade, aumentos na qualidade e repetibilidade dos produtos, otimização da manutenção e diminuição dos tempos de parada produtiva”, especifica Ribeiro.
O especialista da Rockwell Automation concorda que o aspecto de segurança cibernética é importante na era da IIoT. “Viemos de uma herança insegura, na qual nossa principal defesa foi isolar o ambiente industrial do ambiente corporativo, e isto nos passava uma falsa sensação de segurança; porém, estivemos sempre muito expostos. Já hoje, com as demandas de convergência de IT/OT, para que possamos habilitar todos esses benefícios trazidos pela “Empresa Conectada”, novos aspectos de segurança e modelos de desenvolvimento devem ser seguidos”, orienta.
Focando apenas no mercado brasileiro, o Vice-Presidente de Indústria da Schneider Electric destaca como as primeiras aplicações reais de IIoT da empresa e com benefícios tangíveis, os segmentos de óleo e gás, cimento e mineração, alimentos e bebidas, saneamento, automotivo, nos quais foram aplicados IIoT, Big Data, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial e simulação aplicada.
“Cibersegurança é fundamental para que se possa dar passos na direção da IIoT. Uma agenda clara com análise de riscos, incluindo atualização de plataformas digitais com baixa segurança, fazem parte desse processo. O ideal é iniciar com uma análise detalhada de todos os sistemas e suas conexões e, a partir daí, se necessário, fazer atualizações. Nada de sair trocando hardware ou softwares antes de se ter certeza que é realmente necessário!”, sugere Cristiano dos Anjos.
A Siemens garante que hoje já possui mais um milhão de produtos conectados. E aqui o responsável pela área de Cloud Application Solutions detalha dois dos cases mais emblemáticos: 1) “O primeiro cliente do MindSphere foi um fabricante de pontes rolantes. A aplicação servia para monitorar as pontes em seus clientes para que fosse preditivo nas manutenções. A solução funcionou tão bem que o cliente mudou o seu modelo de negócio para um modelo “As a Service”, e hoje ele não vende mais a ponte rolante, mas vende elevações por mês. Dessa forma, ele tem um negócio recorrente e com uma fidelidade maior do cliente”. 2) “Um grande cliente do segmento de alimentos e bebidas tinha um problema recorrente com os motores de suas esteiras de transporte de produto; eram motores pequenos e baratos (inviabilizando a utilização de sensores convencionais). Com a IoT, os sensores chamados de beacons, que possuem um baixo custo, viabilizaram esse tipo de aplicação. Instalando os sensores em seus motores elétricos e analisando os dados no MindSphere, o cliente pôde alcançar 5% de redução no custo de manutenção e 15% no tempo de máquina parada”.
Em relação ao aspecto frágil de segurança da tecnologia IIoT, Morais assegura que em seus equipamentos de automação, a Siemens atende às principais normas internacionais para a implementação de um sistema com segurança cibernética. “Os nossos sistemas de automação possuem criptografia de dado na comunicação de uma máquina com a outra, além de firewall para evitar a invasão do sistema. Além disso, os roteadores atuam também como firewalls para os sistemas dos clientes, com soluções de hardwares e softwares dedicadas para a segurança cibernética dos clientes”, evidencia.
A Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), no final de 2018, criou um Comitê de Manufatura com o intuito de apresentar o potencial da transformação digital na manufatura e fomentar a adoção pelas empresas brasileiras. “Apesar de já muito discutida e propagada, a aplicação da Internet das Coisas na indústria ainda está no início e temos muito o que aprender para crescer e desenvolver, e para isso estamos criando pontes entre empresas e governos e disseminando as novas tendências, novidades e formas de fazer”, entende Flávio Maeda, Presidente da Abinc.
As pontes estão criadas. E o caminho da IIoT é amplo e sem volta, como aconteceu com outras tecnologias destinadas à modernização da indústria, que acabaram se mostrando efetivas e proveitosas. Basta entendimento e suporte aos negócios. De fornecedores e usuários.
Sílvia Bruin Pereira - Editora - REVISTA AUTOMAÇÃO
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ABB OFERECE OPÇÕES DIGITAIS PARA INTEGRAR E CONTROLAR SISTEMAS ELÉTRICOS NA MINERAÇÃO
Software aumenta as opções de integração com uma maior gama de dispositivos inteligentes para controle digital de energia.
A ABB expandiu recentemente seu software ABB Ability™ Sistema 800xA Power Control Library (ex-MIDAS Library). A novidade permite mais funcionalidades para controle e comunicação com dispositivos elétricos em toda a infraestrutura de energia para operações de mineração e processamento de minério. Agora, a solução digital suporta subestações sem o IEC 61850, através da funcionalidade do PLC Connect do sistema 800xA, para se comunicar e controlar uma ampla gama de dispositivos eletrônicos inteligentes (IEDs).
“Essa atualização do produto é um grande exemplo de como a ABB está ajudando os clientes a aproveitar o verdadeiro potencial da digitalização para melhorar o sistema, o desempenho dos equipamentos e confiabilidade elétrica, bem como aumentar a segurança das pessoas”, disse Martin Knabenhans, Head de Gerenciamento de Produtos da unidade de Indústrias de Processos. “Com a adição do suporte ao PLC Connect, esse lançamento também possibilita digitalização para subestações que foram construídas sem o IEC 61850, tornando possível digitalizar áreas industriais existentes”.
O software é parte do inovador portfólio digital ABB Ability™ MineOptimize. Ele trabalha dentro do sistema 800xA, que é uma plataforma para monitoramento e controle de uma ampla gama de processos industriais automatizados. O ABB Ability™ Sistema 800xA Power Control Library é baseado na norma IEC 61850 da Comissão Internacional Eletrotécnica, que cria uma linguagem comum para subestações automatizadas e sistemas de distribuição de energia de forma que as minas tecnologicamente avançadas ao redor do mundo, sejam capazes de usufruir das vantagens das possibilidades do software.
A versão atualizada do software proporciona aos engenheiros, que operam minas automatizadas, a capacidade de solucionar rapidamente problemas do sistema elétrico a partir da sala de controle, através de um ambiente aprimorado de controle e monitoramento de subestação. Isto permite que um maior leque de equipamentos elétricos e subestações sejam monitorados e gerenciados remotamente, de modo que possíveis falhas possam ser resolvidas rapidamente e com segurança.
O monitoramento remoto permite que a equipe da fábrica resolva problemas com segurança, longe da subestação elétrica, reduzindo assim o tempo para o diagnóstico e a resolução de problemas.
Desde a sua introdução em 2014, o Power Control Library foi implementado em mais de 20 projetos em todo o mundo e integrou mais de 4.000 IEDs.
https://new.abb.com/br
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MÓDULOS DE INTERFACE MES REDUZEM CUSTOS DE CONFIGURAÇÃO DE SISTEMAS EM 65%
Sistemas da Mitsubishi Electric proporcionam acesso direto a um sistema de banco de dados de TI.
Nos dias atuais, é necessário acompanhar as tendências de fabricação em constante mudança para atingir resultados como melhorar a produtividade de máquinas e manter a qualidade de fabricação por meio de rastreabilidade ponto a ponto em torno do processo de produção. Como forma de atender essa demanda crescente, os módulos de interface MES da Mitsubishi Electric foram criados: eles fornecem conectividade direta a bancos de dados para sistemas de TI e facilitar a geração automática de texto SQL (*) usando um software de configuração de configuração intuitiva.
Na prática, os módulos permitem que os dados de produção do chão de fábrica sejam inseridos nos registros do banco de dados de maneira direta; o que pode fornecer status de produção em tempo real, permitindo uma resposta cada vez mais rápida aos problemas relacionados à produção.
Recursos adicionais também são incluídos, como o buffer de banco de dados, que permite que os dados sejam enviados mesmo quando uma conexão entre o servidor de banco de dados e o sistema de controle é perdida.
Custos de configuração do sistema reduzidos em 65%
Os módulos de interface MES permitem a conectividade direta entre os servidores de banco de dados de TI e os controladores programáveis no chão de fábrica, eliminando a necessidade de computadores de gateway ou programas especificados. O módulo se destaca em relação aos computadores tradicionais, trazendo economia em custos de manutenção.
A interface MES faz parte de um programa da Mitsubishi Electric de fomentar a indústria 4.0 (chamada de e-F@ctory dentro da companhia). Com o objetivo de realizar operações de maneira mais ágil, de melhor rendimento e gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos, trabalha com foco em permitir uma conectividade direta, fazendo com que dados de produção sejam inseridos no banco de dados de maneira ágil e eficaz.
(*): Structured Query Language é uma linguagem de programação projetada para gerenciar dados em um banco de dados relacional.
http://br.mitsubishielectric.com/pt/
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SIEMENS CRIA ORGANIZAÇÃO DE USUÁRIOS GLOBAIS DO MINDSPHERE
Plataforma MindSphere World criará um potencial de digitalização para os usuários de todos os lugares do mundo, proporcionando um intercâmbio de ideia entre eles.
Trabalhando ao lado de 18 empresas parceiras, a Siemens AG criou o MindSphere World, uma organização de usuários globais do sistema operacional aberto de IoT na nuvem MindSphere, que permite conectar máquinas e infraestruturas físicas ao mundo digital. O objetivo é expandir o alcance global do ecossistema da solução. A organização também irá oferecer suporte a seus membros no desenvolvimento e aprimoramento das soluções de IoT na plataforma MindSphere e na exploração de novos mercados da economia digital. Isso incluirá sugestões do setor sobre os requisitos do sistema operacional e recomendações sobre como estabelecer regras uniformes para a utilização dos dados. Outra função da organização será promover as ciências, pesquisas e ensino no ambiente da ferramenta.
A primeira reunião do MindSphere World ocorreu no recém-inaugurado MindSphere OpenSpace, um ambiente de trabalho e espaço para desenvolvimentos inovadores, que faz parte da nova divisão Fábrica de Berlim. Com escritório que ocupa mais de 13.000 m2, a Fábrica de Berlim – uma iniciativa com apoio do governo alemão, da Siemens e de outras empresas – reúne empresas de tecnologia consolidadas, além de desenvolvedores e startups. O foco principal do novo campus de startup é a Internet das Coisas. Com o início da era de digitalização, o MindSphere OpenSpace cria condições ideais para os membros do MindSphere World e outros usuários, como startups, para promover o desenvolvimento de aplicativos e serviços digitais e explorar mercados totalmente novos.
Os membros da organização se reúnem em comitês para tratar de questões como os requisitos de cada setor a serem considerados pelo MindSphere, os conceitos de governança de dados e o trabalho de relações públicas da Associação.
Os membros-fundadores do MindSphere World, além da Siemens AG, incluem as empresas:
ASM Assembly Systems GmbH & Co. KG, CHIRON Group SE, Eisenmann SE, Festo AG & Co. KG, Gebr. Heller Maschinenfabrik GmbH, Grob-Werke GmbH & Co. KG, Heitec AG, Index-Werke GmbH & Co. KG, J. Schmalz GmbH, Kampf Schneid- und Wickeltechnik GmbH & Co. KG, Kolbus GmbH & Co. KG, Kuka Aktiengesellschaft, FFG Europe & Americas (MAG IAS GmbH), Nordischer Maschinenbau Rud. Baader GmbH +Co. KG, Rittal GmbH & Co. KG, Sick AG, Trumpf Werkzeugmaschinen GmbH + Co. KG, Michael Weinig AG.
www.siemens.com.br
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ROCKWELL AUTOMATION E PTC LANÇAM SOLUÇÃO PARA IMPULSIONAR A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NAS INDÚSTRIAS
Novo FactoryTalk InnovationSuite, para acelerar estratégias de transformação digital e maior produtividade por meio da simplificação de processos complexos em empresas industriais.
A Rockwell Automation e a PTC anunciaram o lançamento do FactoryTalk InnovationSuite, software que permite que as empresas otimizem suas operações industriais e incrementem a produtividade, dando melhores dados e insights aos tomadores de decisão. O novo software oferece visibilidade completa das operações e do status dos sistemas, a partir de uma única fonte de informações dentro da organização. A oferta conjunta é a primeira a integrar tecnologias das duas empresas depois do anúncio da parceria estratégica feito no ano passado.
O FactoryTalk InnovationSuite melhora a conectividade dos dispositivos da tecnologia operacional (OT) no chão-de-fábrica, suportando de forma nativa a conexão rápida, modular e segura dos equipamentos industriais mais utilizados. Combinando dados dos aplicativos e sistemas da tecnologia de informação (TI), responsáveis por tomada de decisão podem agora ter uma representação digital completa dos seus equipamentos, linhas e instalações industriais, a partir de qualquer local da empresa.
Os principais recursos das aplicações da nova oferta conjunta são:
• Interfaces intuitivas e fáceis de usar, que oferecem aos usuários uma visão das operações combinando dados de várias fontes de TI e OT, adaptados à sua função. Um gerente de operações, por exemplo, pode ver o desempenho geral de uma instalação ou de várias instalações, antes de pesquisar o desempenho de equipamentos específicos ou de fatores que afetam a Eficiência Geral dos Equipamentos (OEE).
• Análises avançadas e automatizadas de fontes de TI e OT transforma grandes quantidades de dados brutos em informações práticas ou proativas para melhorar o desempenho e reduzir o impacto de paradas. Aproveitando a poderosa tecnologia de inteligência artificial (AI) para simplificar processos analíticos complexos, os usuários agora podem agir proativamente aos problemas antes que ocorram falhas críticas.
• Realidade Aumentada (AR), que oferece formas mais eficientes e eficazes para analisar as informações digitais no mundo físico. A Realidade Aumentada proporciona uma interação mais eficiente, um compartilhamento de conhecimentos mais amplo e melhores índices de correção em um primeiro momento. Com essa oferta integrada, a manutenção, por exemplo, pode receber instruções de trabalho digitalizadas contendo informações de desempenho em tempo real e do histórico de manutenção, para que os técnicos possam diagnosticar e consertar os equipamentos corretamente logo na primeira vez.
https://www.rockwellautomation.com/pt_BR/
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ECOSTRUXURE FOXBORO: NOVA GERAÇÃO DE SOFTWARE DE CONTROLE DA SCHNEIDER ELECTRIC TRAZ INOVAÇÃO E EFICIÊNCIA
Caminho de migração do software de controle: tecnologia continuamente atualizada para maior eficiência, segurança cibernética, confiabilidade e lucratividade, permitindo 100% de retorno (ROI) de investimento em menos de um ano.
A Schneider Electric acaba de lançar o software de controle EcoStruxure Foxboro DCS 7.1 para ajudar os clientes a melhorar, em tempo real, eficiência, segurança cibernética, confiabilidade e lucratividade dos seus ativos e das suas operações. Com recursos expandidos e uma Interface Homem e Máquina (IHM) aprimorada, o software atualizado simplifica a engenharia e aprimora a experiência do usuário, ao mesmo tempo que oferece capacidade maximizada de direcionar com segurança melhorias mensuráveis de lucratividade operacional.
Tecnologia sempre atualizada – O EcoStruxure Foxboro DCS é um sistema de automação de processos aberto e interoperável que fornece controle altamente preciso e efetivo sobre a lucratividade operacional de uma fábrica. É o único sistema de controle de processos que possibilita melhorias mensuráveis de lucratividade operacional e uma arquitetura preparada para o futuro, permitindo um ROI de 100% em menos de um ano. Com processadores de controle de alta capacidade e alta disponibilidade, entrada/saída poderosa e adequada ao propósito, ferramentas de engenharia intuitivas e baseadas em funções, e recursos de operação aprimorados e intuitivos, o sempre atual Foxboro DCS é comprovado para: Melhorar o tempo para a primeira produção em 30%; Reduzir os custos e riscos do projeto em 20%; Reduzir os custos de manutenção em 30%; Reduzir os custos com energia, material, engenharia, operação e estoque; Capacitar a força de trabalho para tomar melhores decisões comerciais e operacionais em tempo real.
O EcoStruxure é a arquitetura de sistema aberta, interoperável e habilitada para IoT da Schneider Electric, que entrega valor agregado em relação à segurança, confiabilidade, eficiência, sustentabilidade e conectividade para os clientes. Aproveita os avanços em IoT, mobilidade, detecção, nuvem, analytics e segurança cibernética para oferecer inovação em todos os níveis. Isso inclui produtos conectados, Edge Control, e aplicativos, analytics e serviços. Foi implantado em mais de 480 mil sites, com o apoio de mais de 20 mil integradores de sistemas e desenvolvedores, conectando mais de 1,6 milhão de ativos sob gerenciamento por mais de 40 serviços digitais.
Transformação digital – O software é executado no Windows 10 e no Windows Server 2016, para oferecer a máxima flexibilidade, garantindo segurança cibernética robusta. Ao planejar upgrades, os clientes da Schneider Electric podem instalar Windows XP, Windows 7 e Windows 10 no mesmo sistema, permitindo flexibilidade no agendamento e no cronograma de upgrades. Os clientes podem atualizar seções individuais da planta em qualquer ordem, em qualquer ritmo, para acomodar melhor os cronogramas de produção da planta. Com o suporte da Microsoft para o Windows 7, que termina em 2020, a transição para o Windows 10 permite que os clientes EcoStruxure Foxboro DCS se beneficiem do sistema operacional mais forte, com os recursos de segurança cibernética mais atualizados.
https://www.se.com/br/pt/
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REALIDADE AUMENTADA NA INDÚSTRIA: CONHEÇA AS APLICAÇÕES
Alguns problemas comuns à indústria têm a ver com a baixa eficiência nos processos de produção e falta de otimização de recursos humanos e materiais.
Cada vez mais comum no contexto da Indústria 4.0, o uso de tecnologias avançadas no chão de fábrica tem permitido otimizar esses recursos e evitar riscos no ambiente de trabalho, o que garante à empresa maior produtividade e, consequentemente, maior lucratividade.
No mundo todo, a tecnologia aliada à interação humana tem permitido que os processos industriais sejam cada vez mais assertivos.
Assim, a realidade aumentada se torna essencial, pois reúne em um mesmo dispositivos informações visuais que vão auxiliar na tomada de decisões em tempo real, integrando o ambiente industrial às projeções virtuais.
A Realidade Aumentada (RA) é uma área que tem previsão de receita de mais de US$ 100 bilhões de dólares nos próximos 24 meses em todo mundo. Neste artigo, entenda o que é e quais são as aplicações da realidade aumentada na indústria.
O QUE É REALIDADE AUMENTADA?
Através da projeção de cenários virtuais sobre o mundo físico, a utilização da Realidade Aumentada permite uma integração em tempo real com informações e dados obtidos através da integração de dados provenientes de sistemas industriais, GPS, câmeras de vídeo e internet.
Integrados à dispositivos móveis, esses equipamentos formam imagens que representam uma interação direta entre o usuário e os objetos em seu ambiente de trabalho. No caso do setor industrial, permite o acompanhamento virtual de dados de processo, incluindo a operação de máquinas por parte de operadores, o acompanhamento em tempo real da produção por parte dos gestores e a orientação de procedimentos de manutenção e segurança no ambiente de produção para especialistas remotos, que atuem diretamente na manipulação dos equipamentos.
Para a indústria, isso significa um grande avanço principalmente na redução de riscos para trabalhadores, aumento da capacidade nas linhas de produção e otimização de recursos na capacitação e manutenção dos processos industriais.
Descubra a seguir, as vantagens da realidade aumentada na indústria.
PORQUE IMPLANTAR A REALIDADE AUMENTADA NA INDÚSTRIA?
As experiências através da realidade aumentada têm agregado valor às indústrias que integram a tecnologia aos seus processos produtivos. Elas buscam uma orientação de processos dentro das indústrias através da visualização em tempo real de detalhes que muitas vezes podem prejudicar a eficiência produtiva quando não observados.
Se aliada a alguma tecnologia de Inteligência Artificial (IA), a RA pode ser utilizada também para auxiliar na visualização precoce de desvios operacionais. A previsibilidade de falhas é uma das vantagens do uso de tais tecnologias no ambiente industrial, possibilitando a técnicos e operadores a identificação de problemas operacionais em máquinas e equipamentos antes mesmo que eles ocorram e habilitando-os para a realização de ajustes simultâneos à operação, com auxílio do hardware de RA.
Servem como base para a experiência de realidade aumentada todas as informações técnicas do banco de dados da empresa, como os modelos de CAD (Computer-Aided Design) e dados provenientes de outras ferramentas de tecnologia e gestão industrial, como sistemas SCADA, PIMS e MES.
Desta forma, é possível controlar processos complexos que exigem das equipes produtivas mais assertividade e em que erros podem representar prejuízos financeiros significativos à sustentabilidade das empresas.
Segundo pesquisa realizada em 2018 pela PTC, as indústrias fabricantes de produtos industriais, automotivos, aeroespacial e defesa tem liderado a adoção de realidade aumentada nos seus processos internos. Dentre as mais utilizadas, as funções da RA nas empresas estão nas áreas de fabricação, design, vendas e marketing, por funcionários de operação e em treinamento.
O investimento em realidade aumentada permite que novas funcionalidades sejam adicionadas às tecnologias de software e hardware, tendo em vista o momento em que a diferenciação de mercado se dá, principalmente, através da inovação tecnológica.
Em termos práticos, podemos citar algumas aplicações da Realidade Aumentada, cada vez mais utilizadas pela indústria.
APLICAÇÕES DA REALIDADE AUMENTADA NA INDÚSTRIA
Segurança do trabalho
Os processos de fabricação da indústria 4.0 tem por base a utilização de ferramentas que sejam capazes de prevenir riscos aos operadores diretos de máquinas.
A realidade aumentada permite a verificação por parte de gestores e responsáveis diretos pelo operador se ele está portando os equipamentos necessários para segurança individual e em quais condições está realizando a operação.
Sendo assim, garante-se a segurança no ambiente de trabalho através do monitoramento em tempo real e de forma remota.
Os custos operacionais, neste caso, são otimizados pela melhor capacidade de gestão de riscos nos processos industriais, como em situações de manuseio de materiais perigosos e trabalhos realizados em altura e profundidades, através da utilização de EPIs de forma adequada.
Treinamento e capacitações
Na mesma mão da segurança, os treinamentos e capacitações realizados com suporte da RA permitem a simulação dos processos industriais de fabricação e funcionamento de máquinas.
Usando óculos de realidade aumentada, tablets ou smartphones, é possível conseguir extrair maior capacidade de retenção e aprendizado por parte de funcionários, uma vez que essa tecnologia promove a interatividade como principal vantagem.
A possibilidade de poder manusear e entender a montagem de uma peça ou equipamento ao mesmo tempo em que interage com ele, cria um engajamento e otimiza os recursos empregados em treinamentos presenciais.
Isso porque é possível realizar esses treinamentos com especialistas e técnicos à distância e simulação de cenários em 3D, onde as instruções sejam repassadas simultaneamente à prática do operador e a base de dados possibilita uma visualização de cada detalhe da máquina.
Manutenção Industrial
O funcionamento completo das atividades de todo o ciclo produtivo pode ser facilitado também pela aplicação da realidade aumentada na indústria, desde a prototipagem de produtos pelas equipes de desenvolvimento até o produto final.
Para que funcionários de chão de fábrica possam realizar a manutenção de equipamentos e máquinas, o auxílio remoto de especialistas e a visualização de protótipos e instruções diretamente no display do dispositivo, permite a resolução mais ágil e assertiva do problema.
O profissional pode ter acesso, por exemplo, à uma animação virtual de cada etapa necessária para a substituição de uma peça defeituosa. É possível ainda, confirmar sua disponibilidade em estoque através da integração com sistemas de corporativos de gestão.
O uso de realidade aumentada na manutenção industrial permite, portanto, a melhora na eficiência produtiva, uma vez que reduz o tempo e custos pela interrupção das atividades em plantas industriais.
Automação de processos na linha de produção
A automação de processos industriais está ligada à capacidade de resolução de problemas de maneira ágil e eficaz.
De maneira prática, aplicações de AR podem estar presentes no cronograma de funcionamento da planta, indicando as responsabilidades por funcionário e por cada processo, do mais ao menos complexo, qual o tempo de produção e em qual cadência ele precisa ser executado.
A realidade aumentada permite corrigir problemas operacionais com o acionamento imediato de profissionais envolvidos nos processos, independente da sua localização e, assim, realizar ou orientar os ajustes necessários.
CONCLUSÃO
A realidade aumentada já faz parte dos processos industriais brasileiros. Sua aplicação se tornou fundamental para a indústria 4.0, uma vez que integra funcionalidades tecnológicas a experiência humana para aumento da produtividade e competitividade de mercado, colaborando com a segurança e eficiência da indústria.
Carlos Paiola, Diretor Comercial da Aquarius Software, This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.