www.engenharia-brasil.com
07
'19
Written on Modified on
MEDIAWORLD
AUTOMAÇÃO EM LOGÍSTICA: TECNOLOGIAS PARA VENDER MAIS E MELHOR
As atuais vedetes da Automação Industrial – Indústria 4.0 e Inteligência Artificial – estão fazendo com que as empresas, se não aumentem, pelo menos cultivem, seus investimentos em Logística. As razões são evidentes: o exponencial crescimento do e-Commerce (40% em 2018) aliado aos avançados sistemas automatizados à disposição no mercado, que tornam grande parte das tarefas mais rápidas e eficientes. A seguir estão as entrevistas feitas com especialistas de três grandes fornecedores de produtos e serviços diferenciados para o setor de Logística: sensores a laser e leitores de código; sistemas de acionamentos de esteiras e de paletização; e sistemas automatizados para movimentação e armazenagem de materiais. O resultado é uma abundância de informações que pode ser um orientador no momento de especificar a automação da cadeia logística.
KEYENCE: MELHORAR A FLUIDEZ DOS ITENS AO LONGO DO PROCESSO
“Quando o assunto é economia de tempo, temos que separar as possíveis fontes que podem tomar tempo desnecessariamente no processo produtivo. Desse modo, podemos dividir em três grupos: instalação/programação, operação e troubleshooting”, instrui Bruno Kim, Gerente de Marketing da KEYENCE. Na instalação e programação, segundo Kim, o fator crucial é a facilidade de uso dos sensores. E o motivo é bem simples: quanto mais o sensor for fácil de operar, menos tempo será consumido para colocá-lo em operação. Já durante a operação, diz ele, a estabilidade de funcionamento é um dos fatores que tem mais influência, porque se o sensor, por exemplo, possui um funcionamento instável, falhas intermitentes serão provocadas e, por motivos óbvios, surgirão paradas de linha ocasionalmente. E as situações não previstas, que ocorrem por diversos motivos, sejam externos à aplicação em si e, por muitas vezes, evitá-las em 100% dos casos é irrealista. O gerente ensina que, pensando em minimizar o tempo por situações de troubleshooting, quanto mais rápido e fácil for a identificação e remediação desse problema, maior a economia de tempo. E a solução está nos sensores a laser para detecção de peças em geral, que trabalham com robustez por não serem influenciados pela geometria ou material das peças a serem detectadas, o que mitiga o risco de erros durante a operação. “A fácil programação desses sensores é outra característica que reduz o tempo de instalação e programação, fazendo com que a operação seja iniciada o quanto antes. E, pelo fato de termos mensagens de erro que são facilmente identificadas e descritas, o troubleshooting ocorre de forma mais rápida”, explica.
Fornecedor e usuário – O que a automação pode fazer na área de Logística? Qual produto ou solução o usuário deve especificar? O executivo da KEYENCE responde: “Por atuarmos no modelo de vendas diretas, temos um grande know-how acumulado em questão de resolução de aplicações de forma estável. Se analisarmos friamente, no que tange ao alcance da companhia, estamos falando de aplicações que podem sofrer grande variação devido ao tipo de peça que deve ser detectada, ou a algum fator do processo dos clientes. Nesse sentido, não só os fatores da aplicação em si são levados em consideração, mas também o ambiente no qual essa aplicação está inserida. Por exemplo: vamos considerar uma esteira transportadora de produtos em uma aplicação de intralogística. Vamos considerar também que, nesse exemplo, as peças sofrem variação de cor, tamanho e material. A especificação, nesse caso, levará em consideração todas essas variações explícitas, em adição às condições da esteira, como velocidade de movimentação, cor da esteira, possíveis oscilações e demais fatores do local que podem influenciar na aplicação. Uma vez que esses elementos conjunturais são levantados, também realizamos o teste para certificar que a solução funciona de acordo com as expectativas. Dessa forma, o cliente tem a garantia de que a solução está bem dimensionada e aderente ao processo ao qual será incorporada”, detalha.
O Gerente de Marketing da KEYENCE avalia que, tecnicamente falando, um dos propósitos da automação logística é melhorar a fluidez dos itens ao longo do processo, para que os índices de produtividade sejam atingidos e, enfim, para corresponder às expectativas estabelecidas. “Claro que isso depende de diversos fatores; mas, existe uma grande correlação entre a necessidade desse tipo de automação com o volume que é produzido dentro de um determinado intervalo de tempo. Essa correlação, por sua vez, está relacionada também com o quão automático o processo produtivo é, porque, com menos interações de operadores no fluxo operacional, em tese, a quantidade produzida tende a ser mais alta por consequência”, observa.
Com base nessa essa hipótese, Kim afirma que a tendência é que os processos que possuem essas características tenham uma demanda maior de automação logística. Obviamente, ele acrescenta que é necessário considerar mais fatores, como o valor dos produtos, de que forma a justificativa desse investimento se dá nos diferentes casos e a viabilidade técnica em relação à infraestrutura previamente estabelecida. “O ponto positivo disso é que torna a maior parte dos segmentos e setores como possíveis candidatos ao incentivo à automação logística”, finaliza.
NORD: ENTREGAS RÁPIDAS, SEM ERROS E COM O MENOR CUSTO POSSÍVEL
A agilidade dos processos é um dos principais benefícios da Automação em Logística, com o objetivo de economizar tempo. Na área específica de atuação da NORD DRIVESYSTEMS DO BRASIL, seu Diretor Executivo, Claudio Falcão, fala dos principais avanços tecnológicos que resultaram em benefícios aos usuários:
Solução completa eletrônica e de acionamentos – Os equipamentos estão cada vez mais dedicados e automatizados. Há uma tendência forte na descentralização dos drives e o uso de redes interligando todos os acionamentos.
Sustentabilidade no foco na redução de consumo de energia – Não adianta falar em automação sem falar em redução do impacto do sistema no meio ambiente. Quando se trata de consumo de energia, é comum somente olhar para o consumo do motor elétrico, negligenciando o restante do rendimento do equipamento mecânico.
Instalação conjugada com a facilidade de manutenção – Os usuários não têm tempo para parar suas linhas para manutenções não previstas. Com um investimento inicial pouco maior do que o sistema convencional, pode-se garantir uma redução drástica na hora de parada de produção de uma linha, aumentando a disponibilidade da máquina.
TCO obrigatório – Falcão destaca que o usuário final, ao se deparar com um novo projeto de logística interna, deve iniciar a pesquisa de fabricantes de máquina que possam atender à sua demanda. “A partir dos dados de produção e armazenamento, os orçamentos podem variar muito se o usuário não definir exatamente o que ele quer no escopo da automação, que pode ser desde um simples painel elétrico até um sistema complexo de lógica de manufatura envolvendo a chamada Indústria 4.0.”, continua. Por esta razão, o Diretor da NORD DRIVESYSTEMS DO BRASIL, é enfático ao declarar que a falta de informação do usuário final sobre o custo total de aquisição de um sistema é o principal obstáculo na implantação de novas tecnologias. “Ao comprar uma máquina, o uso do TCO (Total Cost Ownership - Custo Total de Propriedade) se torna obrigatório para avaliação do melhor fornecedor”, orienta.
Falcão lembrou que, desde a década de 90, o uso do CLP e sua programação são amplamente usados na indústria. “As novidades vieram na melhoria da velocidade de processamento, na conectividade com todos os equipamentos da máquina ou sistema, e na redução de custo da tecnologia. Ao ter acesso à automação local, todos os componentes de uma máquina conseguem conversar com um sistema central de controle”, celebra. Ou seja, com o custo mais acessível e uma tecnologia individual mais avançada, todos os equipamentos estão se conectando e fazendo da máquina um fluxo contínuo de informações. No seu entender, a Indústria 4.0 nada mais é que um nome novo que incorpora esta tendência.
Sobre Inteligência Artificial, o executivo da NORD DRIVESYSTEMS DO BRASIL resume: “Nenhum equipamento pensa sozinho sem que tenha um bom programador por trás do projeto. “Programar uma máquina e habilitar decisões individuais nada mais é do que a definição de padrões processuais ao equipamento, associado a uma entrada de informação”, pontua. E exemplifica: “Somos um fabricante de acionamentos mecânicos e elétricos. Através de inputs vindos do processador central, as velocidades das esteiras, a abertura de portas, etc., irão se interconectar com os inversores de frequência para evitar colisões, e também direcionar a mercadoria para o local correto, mantendo o máximo de eficiência de velocidade nos momentos de picos e a conservação de energia nas ociosidades. Somos um facilitador dos programadores de sistemas da inteligência do equipamento”.
Falcão recomenda que toda a indústria deve se preocupar com a automação da logística interna. “A velocidade de resposta e o controle de custos fazem da automação de logística um fator fundamental para a participação das empresas no mercado. Em outras palavras, entregas rápidas, sem erros e com o menor custo possível. Este é o cenário da automação logística”, arremata.
ULMA: PROCESSOS INTRALOGÍSTICOS 100% EFICAZES E RENTÁVEIS.
“Os mais recentes avanços tecnológicos observados no setor em que ULMA HANDLING SYSTEMS atua – o de sistemas automatizados para movimentação e armazenagem de materiais – são direcionados para a alta conectividade entre os sistemas em funcionamento em uma instalação logística: sistemas robóticos, softwares, inteligência artificial, dispositivos móveis, entre outros, conta Marcelo Bueno, CEO da companhia, acrescentando que a empresa lançou recentemente uma suíte de soluções que contempla ferramentas que apoiam a cadeia logística dos usuários com alta tecnologia e alta performance.
Para vender seu peixe ao mercado, Bueno vai direto ao ponto. “Nosso principal argumento relacionado ao ganho com a automação na logística é a inovação. Nesse contexto de ganho para logística com a automação de processos, nos consideramos e mostramos ao cliente que somos um elemento estratégico em sua cadeia de abastecimento, e colocamos à sua disposição aquilo que temos de mais inovador em conceitos e em sistemas eletromecânicos, sistemas robóticos, sistemas de software e de rede para que as informações de nossos clientes estejam disponíveis para serem acessadas de qualquer parte do planeta e sua eficiência logística esteja garantida”, orgulha-se.
Vale destacar que a empresa possui uma equipe qualificada de engenharia, focada em pesquisa e inovação, o que permite à ULMA HANDLING SYSTEM oferecer soluções personalizadas e flexíveis, além de serviços de manutenção. “Além disso, temos uma plataforma exclusiva para gerenciar produtos, gerenciar a informação 4.0 e oferecer processos intralogísticos 100% eficazes e rentáveis. Buscamos entender os negócios de nossos clientes e a dinâmica das cadeias de abastecimento, para poder oferecer soluções de engenharia que sejam aderentes às necessidades das empresas, visando tornarem-se mais eficientes e competitivas, de forma que tenham instalações logísticas que possam ser utilizadas por longo período e assimilem novas tecnologias”, garante.
As soluções da companhia combinam hardware e software. Os projetos de hardware incluem a robótica colaborativa e a robótica de todo tipo para poder manipular, sequenciar e identificar todos os produtos. Em software, oferece soluções que proporcionam o controle de toda a instalação logística, utilizando recursos como o IoT (Internet das Coisas) e outras tecnologias para obter, monitorar e tratar informações com total visibilidade de todas as etapas da cadeia logística.
Logística 4.0 – No entender do CEO da ULMA HANDLING SYSTEMS as mais recentes tecnologias de automação industrial, surgidas dentro do conceito de Indústria 4.0, podem contribuir para a automatização no setor de logística no sentido de proporcionar total conectividade entre os sistemas em instalações logísticas. “A nossa empresa já está completamente alinhada aos conceitos de Indústria 4.0 e também aos de Logística 4.0, com recursos para garantir a total conectividade entre os sistemas de um armazém para que, além de produtividade, essa instalação logística ofereça visibilidade das operações, possibilite antecipação ou prevenção de ocorrências, ou mesmo a detecção de oportunidades de melhoria na operação. A tecnologia facilita muito o monitoramento remoto da instalação logística e, graças à Internet das Coisas e à Inteligência Artificial, conseguimos monitorar remotamente nossas instalações logísticas e saber o que está acontecendo a cada momento, possibilitando tornar uma instalação inteligente e sua gestão mais assertiva para a tomada de decisões”, sublinha.
Bueno confirma que a automação das áreas de logística não é uma preocupação de um nicho ou setor específico. “A logística é um processo crítico das indústrias como um todo ao proporcionar redução de custos, ganho de produtividade, competitividade, além de ser um campo fértil para inovações, como a recente conectividade alcançada dentro do conceito derivado da Indústria 4.0”, conclui.
Sílvia Bruin Pereira - Editora - REVISTA AUTOMAÇÃO
LEITOR DE CÓDIGOS 1D E 2D – SÉRIE SR-1000 KEYENCE
A melhor capacidade de leitura de códigos no mercado.
Possui uma tecnologia extremamente avançada na leitura de códigos, incluindo todos os ajustes de foco e filtros corretores de imagem de forma automática, dispensando qualquer experiência necessária com esse tipo de tecnologia. Basta posicionar o leitor e através de três passos e o produto já está em condições de realizar o trabalho.
Lentes e iluminação já estão embutidas e não necessita de periféricos, fazendo disso uma solução all in one, e evitando transtornos para os usuários no que diz respeito à gestão de estoque de peças sobressalentes. Dessa forma, garante que a leitura seja estável e contribui para os altos índices de produtividade que as linhas de produção demandarem.
Em adição, possui diversos protocolos de comunicação, fazendo com que seja facilmente integrado nas redes industriais mais utilizadas pelas empresas.
Lembrando que, pelo modelo de vendas que a Keyence utiliza, são realizados testes in loco para dimensionar e comprovar o bom funcionamento da aplicação antes que a solução seja adquirida. Tudo isso sem custo adicional para os clientes, que contam também com um suporte técnico ilimitado, além de um estoque local, contribuindo para o bom funcionamento das linhas através do suporte e da resposta rápida.
www.keyence.com.br
LOGIDRIVE NORD DRIVESYSTEMS – ALTA EFICIÊNCIA E BAIXA MANUTENÇÃO EM DRIVES PARA INTRALOGÍSTICA.
Unidades de acionamento padronizadas em três versões altamente eficientes e fáceis de usar para requisitos típicos das aplicações de transporte.
A linha de sistemas LogiDrive permite uma seleção mais rápida do acionamento adequado para uma determinada aplicação, bem como diminuir a variedade de versões para um número reduzido de modelos. Os motores síncronos IE4 com potências nominais de 1,1 kW, 1,5 kW e 2,2 kW são combinados com redutores cônicos de engrenagens helicoidais de 2 estágios para um intervalo de velocidades de 0 a 565 rpm (tamanho 1) ou 0 a 482 rpm (tamanhos 2 e 3). As reduções são continuamente variáveis no intervalo de 1 a 500. Os inversores de frequência descentralizados para instalação próxima aos motores na estrutura dos transportadores garantem uma ótima acessibilidade. Eles possuem uma chave interruptora para desligar a unidade da energia da fábrica e uma chave comutadora de direção para configuração local.
Os sistemas LogiDrive são projetados para transportadores horizontais ou inclinados. Eles integram as funções de segurança STO e SS1 de acordo com as normas DIN EN 61800-5-2 e DIN EN 60204-1. Os motores possuem uma capacidade de sobrecarga elevada. O sistema é totalmente modular: todos os componentes podem ser reparados separadamente. Isso reduz significativamente os custos com manutenção e reparos. A NORD integra todas as interfaces standard Fieldbus e de Ethernet Industrial diretamente nos acionamentos vetoriais AC. Os sistemas LogiDrive oferecem desempenho confiável em qualquer parte do mundo e são adequados para frequências de 50 Hz e 60 Hz.
www.nord.com
UHS SERVICIOS E SISTEMA U-MIND ULMA HANDLING SYSTEMS
O mais recente lançamento global da companhia com foco na automação para o setor de logística.
A UHS Servicios busca reformular o serviço no ciclo de vida de uma instalação logística, partindo da premissa de que os clientes estão concorrendo para ter a melhor cadeia de abastecimento de seu segmento de atuação, já que isso permite satisfazer às necessidades de seus clientes no menor tempo possível. Para isso, a empresa está se desenvolvendo em dois pilares: melhorar a disponibilidade da instalação logística automatizada, com a oferta de serviços, pelos quais cuida da operação, com ferramentas de monitoramento, inclusive sendo responsável por toda a condução do processo. O segundo pilar é uma aproximação maior do dia a dia dos clientes, para estudar tendências, observar ocorrências na cadeia de valor, fazer reengenharia e estudar diferentes cenários para modificar a instalação logística automatizada, chegando assim a um cenário previsto de médio prazo como uma de suas prioridades.
O U-MIND é uma suíte/pacote de softwares de logística, que oferece as ferramentas mais completas para acompanhar a atividade dos clientes, entre elas acompanhamento e garantia de disponibilidade, bem como ferramentas de gestão da operação e ciclo de vida da instalação logística. A nova suíte U-MIND abrange diferentes soluções para diferentes problemas, mas sempre focando de uma mesma perspectiva: que os clientes maximizem o valor de suas instalações logísticas.
www.ulmahandling.com.br