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MÁQUINAS INTELIGENTES E CIBERSEGURANÇA: O FUTURO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
As máquinas inteligentes têm despontado como estratégia assertiva para a transformação digital na indústria. Por Eric Vieira, Gerente de Negócios de Software & Controle da Rockwell Automation.
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Em um mundo em que os dados são abundantes e as decisões precisam ser tomadas com agilidade, a tecnologia se tornou uma necessidade estratégica. Não à toa, o mercado de big data deve atingir quase 550 bilhões de dólares em 2028, segundo pesquisa da Fortune Business Insights, e o segmento industrial deve ser fortemente impactado por esse aspecto. Nesse contexto, a automação industrial tem evoluído a passos largos ao encontro das máquinas inteligentes.
Isso porque, observa-se uma migração da era da programação tradicional para a adoção de um novo paradigma: sistemas que aprendem, se adaptam e tomam decisões com base em dados estruturados, o que tem se tornado possível graças ao emprego de IA, robótica e cibersegurança.
Desafios da indústria na atualidade
Nunca se viu um cenário industrial tão complexo quanto nos últimos anos, dada uma demanda imprevisível, a volatilidade da cadeia de suprimentos, a escassez de mão de obra e a necessidade de aumentar eficiência e produtividade, o que torna o planejamento fabril extremamente desafiador. Afinal, sem visibilidade da cadeia, do estoque e com insights limitados, é impossível reagir com agilidade a mudanças rápidas no mercado.
Para driblar esse cenário, o mercado dispõe com tecnologias capazes de otimizar a previsibilidade, reduzindo custos operacionais de movimentação de materiais e produtos acabados dentro das fábricas, além de automatizar processos por meio de máquinas inteligentes. Mais que aumentar a produtividade, elas melhoraram o rendimento, otimizam a manutenção e impulsionam a eficiência.
O papel da cibersegurança
Tamanha conectividade no ambiente industrial traz ganhos operacionais, mas também aumenta a superfície de ataque cibernético. Por isso, a convergência OT/ IT, ou seja, de tecnologia operacional para tecnologia da informação, exige padrões de segurança robustos e a visibilidade total sobre os ativos industriais para proteger a operação. A segurança deixa de ser apenas uma função de proteção e passa a ser um habilitador da inovação e da eficiência operacional em escala.
A rede OT na indústria costuma ter um ponto cego, uma vez que opera com equipes tradicionais de segurança (SecOps), que enfrentam desafios para monitorar esses dispositivos ou mesmo manter um inventário claro dos ativos. Cientes dessas vulnerabilidades, os hackers têm investido em ataques ransomware e à cadeia de suprimentos. Para se ter uma ideia, segundo a conceituada Industry Week, a manufatura foi o setor mais atacado por cibercriminosos nos últimos três anos.
Nesse sentido, à medida em que os dados se tornam mais conectados, a segurança cibernética precisa acompanhar esse ritmo. Ao simplificar o gerenciamento de segurança com ferramentas modernas e o acompanhamento de consultorias especializadas, as empresas podem reduzir o tempo e o custo de manutenção da segurança, evitar interrupções operacionais causadas por ataques cibernéticos, aumentar a visibilidade e o controle sobre seus ativos industriais e escalar a segurança de forma sustentável, mesmo com equipes reduzidas.
Desta maneira, ao integrar tecnologia avançada com cibersegurança robusta, a indústria brasileira pode acelerar sua jornada rumo à transformação digital. Chegou o momento de o mercado investir em uma arquitetura de dados inteligente, capaz de integrar sistemas legados e novos, com ganhos em eficiência, sustentabilidade, competitividade e inovação.
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