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04
'21
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Copersucar News
Copersucar investe em tecnologia RPA para aprimorar sistema de economia circular
A cada safra, mais de 1,5 milhão de grandes embalagens circula entre as usinas de cana-de-açúcar e as indústrias de alimentos. Produzidas em polipropileno, tem vida útil de sete anos até serem destinadas para reciclagem.
Mais de 1,5 milhão de Big Bags circulam entre as usinas de cana-de-açúcar associadas à CopersucarA Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, vem investindo em tecnologia e inovação para aprimorar seus processos de logística. Neste mês, a companhia traz novidades em TI relacionadas ao sistema de economia circular, que proporcionará evolução significativa na gestão das suas embalagens reutilizáveis, que carregam o açúcar entre as usinas e as indústrias alimentícias.
Para abastecer o seus mais de 300 clientes industriais, a empresa usa grandes recipientes de polipropileno, também conhecidos como Big Bags ou contentores flexíveis. Eles possuem dimensões superiores a 1,5 metros de altura por 1,2 metros de largura quando cheios, com capacidade de carregar 1.200 kg de açúcar cada um. Anualmente, circulam mais de 1,5 milhão de Big Bags entre as usinas de cana-de-açúcar associadas à Copersucar, o centro de triagem e as fábricas localizadas em quatro estados diferentes.
“Como cada contentor custa em torno de R$ 120, estamos falando em mais de R$ 180 milhões só de embalagem. Um material que tem que ser bem armazenado e administrado para que mantenha a sua vida útil preservada, contribuindo para o processo de logística reversa. Um ponto importante neste sistema circular é o controle fiscal e de emissão de notas de remessa. Qualquer erro nestes documentos pode prejudicar o fluxo de embalagens reutilizáveis”, comenta Marcelo Soares, gerente de vendas de açúcar para clientes industriais na Copersucar, que comercializou mais de 5,4 milhões de toneladas de açúcar na última safra, sendo 2 milhões de toneladas do produto no mercado interno.
A gestão destas embalagens não é algo tão simples. Cada caminhão carrega de 22 a 40 unidades cheias de açúcar para entrega nas indústrias, que, após utilizarem o produto, estocam as embalagens e as devolvem para o centro de triagem, a partir daí seguem para higienização e são devolvidos para as usinas. No momento da devolução, até 1800 contentores vazios podem ser acondicionados em um mesmo caminhão. O intervalo entre o recebimento do bag cheio e sua devolução vazio gira em torno de 60 dias.
Todo este controle e gestão das embalagens tomavam tempo das equipes, que também precisavam garantir a conciliação entre o físico e o contábil. O processo gerava uma demanda adicional no preenchimento de cartas de circularização e de geração de extrato de Notas Fiscais das embalagens pendentes de devolução, o que potencializava alterações de saldo e prazo.
Produzidas em polipropileno, Big Bags da Copersucar tem vida útil de sete anos até serem destinadas para reciclagem
Para aprimorar este acompanhamento entre cliente, centro de triagem e usina, a Copersucar criou um sistema RPA (Robotic Process Automation) que emite, em poucos minutos, um extrato detalhado com todas as notas fiscais dos bags em posse dos clientes de acordo com as datas de emissão, facilitando a gestão do inventário e tornando o processo de logística reversa desses contentores mais ágil.
“Esta solução é produto de uma estratégia de robotização da companhia iniciada há quase dois anos. Nesta jornada, já foram colocados 25 robôs executando as mais diversas tarefas, desde lançamento de documentos, leitura e tomada de ação com base na análise de e-mails, até a conferência minuciosa de todas as cláusulas dos contratos. Neste robô específico, a Copersucar investiu mais de 500 horas de trabalho próprio e de especialistas de consultorias parceiras”, comenta Dalbi Arruda, gerente executivo de tecnologia e processos da Copersucar.
Além do tempo ganho na execução dos processos, tornando-os mais simples, eficientes e acessíveis, o novo sistema tem o objetivo de melhorar o compromisso tributário e favorecer a questão econômica, uma vez que reduz a necessidade de produção de novas embalagens para serem colocadas no circuito.
Soares lembra ainda que os contentores flexíveis são materiais alinhados com as políticas de sustentabilidade da empresa. Como são produzidos com polipropileno, no final do ciclo de sete anos, as embalagens ainda podem ser recicladas pelas usinas associadas.
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